
terça-feira, 29 de abril de 2008
domingo, 27 de abril de 2008
Oitavas.

Sem nenhum esforço ou pesar
Invadiu meu coração tão assim
Como o rio que invade o mar
Subindo, correndo, aquecendo
Mesclando-se ao sangue das veias
Despertando puros sentimentos
Nas noites de luas mais cheias
Mesclando-se ao sangue das veias
Despertando puros sentimentos
Nas noites de luas mais cheias
Dispensando toda e qualquer métrica,
Vou deixando o samba fluir
Quero mais é pandeiro e cuíca,
Que, chorando, me fazem sorrir
Vou deixando o samba fluir
Quero mais é pandeiro e cuíca,
Que, chorando, me fazem sorrir
Só sinto o que faço ou desfaço
Em prosa, verso ou rima
O que construo ou desenlaço
Uma oitava abaixo ou acima.
Em prosa, verso ou rima
O que construo ou desenlaço
Uma oitava abaixo ou acima.
Carol Pedrosa
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Meu Barquinho

Por mares tempestuosos
Meu barquinho, sozinho, navega
Ímpar, intrépido, sem medir esforços
À correnteza se entrega
Temo pelo meu barquinho
A ponto de que, se pudesse,
Exerceria sobre ele meu domínio
Para que tormentas não mais tivesse
Não precisou muito pra minha alegria
Aquele céu bonito, que já em festa surgia
E ao meu barquinho, alguém pra cuidar
Para o meu sossego, a tempestade finda
A calmaria chega, bem-vinda,
E ao seu porto seguro, meu barquinho há de voltar.
Carol Pedrosa
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Atemporal

Aqui dentro, temporal
Nada além de fé e a incrível capacidade de imaginar
E acordar, e lamentar
Pudera, não escuto mais nada além destas canções tristes
Ecoam alto, abafando o som que vem de dentro
Temporal
Queria ouvir de novo o quebrar da onda
O som dos passarinhos
Sanhaçus, bem-te-vis
Bem-me-querem
Ah, como eu os quero, aqui dentro,
Temporal
É quando a chuva pára,
O sol escorrega pelas frestas da janela
E eu volto aos meus devaneios no papel
Mas aqui dentro...
Carol Pedrosa
domingo, 13 de abril de 2008
quarta-feira, 2 de abril de 2008
soneto de desapego.

encontro-me entre desencontros e desencantos
perco-me entre desamores e desacertos
desabafo quase que aos prantos
desafio o coração ao esquecimento.
subtraindo desafetos,
multiplicando devaneios.
desespero na tua ausência
desarticulo meus anseios.
acreditei-te o ideal.
em seus trejeitos e desadornos,
o despertar da velha chama
desperdicei beijos e afagos
para desistir, afinal
da atenção do que não ama.
Carol Pedrosa
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